Esse era o Gui no seu último ultrasom |
Continuei tenho as contrações, cheguei ao hospital por volta das 11 da manhã, quando chegou perto das 8, foi constatado que eu já estava com dilatação completa e que não havia mais o que fazer, tinham que fazer o parto, o Guilherme ia nascer. Meu Deus, que pesadelo!! Eu não conseguia nem pensar no fato que eu estava prestes a me tornar mãe naquele momento. Tomei anestesia, 20:16 ele nasceu. Muito pequeno e frágil, ao mesmo tempo, forte e guerreiro. Saiu de lá e foi direto para a UTI.... Os dias foram longos, dolorosos e difíceis, cada dia que chegava para visita-lo era um aperto no meu coração. No dia 25 de dezembro, nos ligaram as 2 hs da manhã. Fomos correndo com o coração na mão. Levamos meus pais junto. Ele tinha tido uma parada cardíaca, mas já tinha voltado. O batizamos pelas 4 da manhã, foi lindo, meu pai que batizou. Bom, ele se fortificou. Voltamos pra casa. Os dias seguiram e a agonia misturada com esperança e amor era constante. Meu bichinho era tão pequeno, mas reagia com cada palavra que eu soltava da boca, só de eu chegar perto o seu coração acelereva, era lindo, experiência única. Bom, no dia 30 de dezembro, ligam do hospital as 8hs da manhã. Fomos correndo, já fomos recebidos pela psicóloga e a médica diretora, boa coisa não era, né? A pior notícia foi dada, meu filhinho não estava mais aguentando a luta. A psicóloga perguntou se queriamos pegar nosso filhinho no colo como despedida. Lógico que aceitei, ate pq o que eu mais queria naquele momento era segurar o meu pequeno no colo.
Bom, foi bem dolorido, mas fiquei feliz, tive oportunidade de pega-lo e dar muitos beijinhos. Em algumas horas ele faleceu. Foi o pior dia da minha vida, ter de enterrar um filho é realmente uma experiência que ninguém tinha que passar, foi difícil demais e acho que nunca na vida vou esquecer aquele momento. Mas, foi isso que me aconteceu. E por essas e outras que eu estou aqui, deitadinha e cuidando pra tudo ser diferente dessa vez. ;)
Depois explico porque isso tudo aconteceu....